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iPhone 12 mini é prova de que tamanho não é documento

 

Os preços vão de R$ 7 mil a R$ 14 mil, dependendo da versão escolhida e da quantidade de armazenamento

Depois de anos de lançamentos de celulares com telas cada vez maiores (que culminaram no surgimento da categoria com o nome mais horroroso da história da tecnologia: phablets, geringonça entre o smartphone e o tablet), os pequenos voltam às lojas – ao menos nas da Apple. Lançado em novembro de 2020, o iPhone 12 mini é o menor aparelho topo de linha da fabricante americana desde 2013 (ano do saudoso modelo 5S), mas é tão potente quanto o iPhone 12, irmão que tem somente a tela e bateria maiores. É a prova de que tamanho não é documento.


O iPhone 12 mini está longe de ser de segunda linha, como se esperaria de um celular mais enxuto - algo comum em famílias de modelos Android . Ele traz as mesmas novidades que o iPhone 12: há o novo chip A14 Bionic, mais potente que o antecessor, principalmente em inteligência artificial; traz possibilidade de conexão 5G (um sonho distante Brasil neste ano); vidro mais resistente a riscos e quedas na parte da tela (nem tanto na traseira de vidro); e duas lentes (uma grande-angular e ultra-angular), mais sensíveis em ambientes de baixa iluminação. A diferença em relação ao irmão maior é o tamanho da tela, de 5,4 polegadas. Consequentemente, por ter menos espaço, a bateria também é menor: 2.227 mAh (cerca de um dia de uso, no máximo).




O preço, no entanto, está longe de ser “mini”. A depender da capacidade de memória do aparelho (a defasada opção de 64 GB e as suficientes 128 GB e 256 GB), os preços variam entre R$ 7 mil e R$ 8,5 mil no Brasil, bastante altos graças à alta de quase 30% no dólar em 2020.


É a vez do baixinho

Em mãos, o iPhone 12 mini assusta: é realmente pequeno e leve. As dimensões são de 13,2 centímetros de altura por 6,4 centímetros de largura, um pouquinho maior que o finado iPhone 5S, de 12,4 cm por 5,9 cm, também do mesmo tamanho do iPhone SE de primeira geração (2017). Mas, ao contrário deste, o mini não tem botão físico de Início e adota a chamada tela infinita, com 5,4 polegadas, ante 4 polegadas do modelo mais antigo. Ou seja, há mais espaço da tela. Se você gostava do tamanho do iPhone 5S ou primeiro iPhone SE, o iPhone 12 mini é uma evolução natural.


Em 2020, a linha de iPhones 12 (mini, normal, Pro e Pro Max) voltou a adotar as bordas retangulares vistas no iPhone 4 (2010). Ao abandonar as curvas arredondadas dos iPhones 6 e 6 Plus (2014), o mini fica mais firme à mão e acaba sendo surpreendentemente confortável, de um jeito que há anos não se via em um smartphone da Apple. Não é nem leve demais (como os modelos 6, 6S e 7) nem pesado demais (como o X, XS e 11).


Para mudar um pouco as coisas, a Apple lançou os aparelhos em novas cores. As opções são preto, branco, vermelho, verde e azul.

Câmera do iPhone 12 e iPhone 12 mini é composta por duas lentes: uma angular e uma ultra-angular

Câmeras seguem praticamente iguais

A maior diferenciação da família 12 “normal” para os aparelhos Pro (iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max) está nas câmeras. Enquanto os modelos mais avançados possuem quatro lentes (duas angulares, uma teleobjetiva e uma lente LiDAR, utilizada para captar a profundidade de objetos), o iPhone 12 mini e o iPhone 12 contam com as duas lentes angulares padrão, já vistas na geração passada.

As câmeras do 12 têm praticamente a mesma qualidade das lentes do iPhone 11. Ambas têm Modo Retrato, mesmo que o aparelho não traga uma lente teleobjetiva (a façanha é feita com processamento digital de imagem); têm uma lente ultra-angular, que exige ambientes com bastante luz para que a imagem saia em boa qualidade; e os vídeos são gravados em até 60 quadros por segundo e em resolução 4K.

Há uma diferença, porém. No iPhone 12, o Modo Noturno está disponível também na câmera frontal, quando antes aparecia apenas nas lentes traseiras. O resultado é que as tão queridas selfies ficam mais claras em ambiente de pouca luz, com menos ruído.

A lente teleobjetiva exclusiva da linha 12 Pro não faz falta para quem usa a câmera do celular apenas para fotos do dia a dia. Um Modo Retrato mais caprichado e um zoom mais preciso são as maiores vantagens da teleobjetiva. De resto, tudo é igual e com a ótima qualidade estabelecida pela Apple.

O iPhone 12 mini é o menor smartphone da Apple desde o finado iPhone 5S, de 2013

A polêmica do carregador

Deu o que falar a retirada do carregador de tomada da caixa (vem na embalagem somente o cabo Lightning). A razão é ecológica, diz a empresa, que estima já ter entregado 2 bilhões de carregadores em todo o mundo. Com menos plástico entregue nas caixas (que ficam menores, portanto barateia o frete da logística de entrega), há menos emissão de carbono no mundo e o Planeta fica feliz, certo? Até pode ser, mas quem também ganha com isso é a própria Apple, que não reduziu o preço do celular. 

Conhecida pelos preços de grife no mercado de tecnologia, a Apple saiu com a imagem prejudicada do episódio (e a Xiaomi e a Samsung repetiram a decisão da americana). Mas a prática revela que, em algum nível, ela tem razão. Sem o carregador na caixa, é preciso caçar algum substituto em casa, geralmente de outro iPhone antigo, poupando a duplicação de carregadores que duram anos. E aí, simples assim, o problema seria resolvido -- não fosse um detalhe: na outra ponta do cabo Lightning entregue no iPhone 12, a entrada é do tipo USB-C, exigindo um novo carregador de tomada, já que a maior parte dos iPhones anteriores vinha com USB-A. Pois é.

Com preço de R$ 199, o carregador não acompanha o cabo de conexão



Se você não tem em casa um carregador de tomada com entrada USB-C para abastecer os novos iPhones que virão, é melhor já comprar um. A transição paulatina da Apple do USB-A (modelo bem antigo e que rivais já descartaram há anos) para o USB-C fez com que muita gente ficasse perdida. Agora que a empresa decidiu adotar o padrão do mercado, o público chiou ao ver terá de pagar caro por outro produto.


A solução apresentada pela Apple é o carregador de tomada de 20 W, vendido por R$ 199. Além de ser oficial da marca, ele tem uma vantagem que casa muito bem com a bateria reduzida do iPhone 12 mini: a carga é completada totalmente em até 1h30min, quando conectado à tomada. Nesse caso, pode valer a pena abrir o bolso. 


A tendência é que no futuro os iPhones migrem para o carregamento sem fio (padrão Qi), abandonando entradas de conexão (o fone de ouvido foi a primeira, lá em 2017). Não é por acaso que, no ano passado, também tenha sido lançada a linha de carregadores MagSafe (R$ 499), que usam o ímã na traseira do iPhone para se ligar ao cabo. Isso não é nenhuma novidade para o Apple Watch, que usa essa mesma maneira de recarga desde sua estreia, em 2014.

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